Pular para o conteúdo principal

Marketing 2.0 quer dizer: o cliente tem sempre razão

Campanhas são importantes, mas a marca deve cumprir a promessa que faz para seu público e manter esforços para sustentar produtos e serviços de qualidade. Por

Antonio Mafra


Está em todos os meios de comunicação: artigos e matérias nos dizem que estamos vivendo a era da nova comunicação, do “marketing 2.0”.

O tema mexe com profissionais de diversas áreas, já que a maioria acredita que se trata somente de como utilizar ferramentas tecnológicas que estão surgindo. Eles se sentem pressionados e ultrapassados, mas se esquecem do principal: a emoção do consumidor.

Será que a nova geração se importa com a diferença entre marketing e “marketing 2pontoalgumacoisa”? Ou vai continuar necessitando o mesmo que todos os clientes – receber, pelo menos, o que foi prometido e poder contar com a empresa quando necessário.

Do que adianta refletirmos sobre o impacto das redes sociais, sobre o consumidor X, Y e Z, das classes A, B e C, se todos têm exatamente algo em comum: querem receber o que lhes foi prometido.

A relação humana
Acredito que já passou da hora de, realmente, colocarmos o cliente, seja ele qual for, no plano de nossas ações. As estratégias do mix de marketing devem conter exatamente a “relação humana” como um dos fatores de sucesso.

Temos a consciência de que a tecnologia sempre vai evoluir e que o comportamento das pessoas também estará em constante modificação. Só não podemos esquecer que se trata de relações humanas. E que, por isso, nossos esforços devem contemplar produtos e serviços de qualidade.

Muitas empresas estão aflitas atrás de profissionais que consigam entender a dinâmica das redes sociais, que saibam lidar com Twitter, Orkut e Facebook e saibam pensar estrategicamente – e percebem a carência de profissionais capacitados. Estes, por sua vez, procuram se especializar ainda mais no que está na moda, o que é mais glamoroso.

Percebam que cada vez menos temos lido sobre cases em que uma empresa melhorou seu produto ou serviço a partir da preocupação com o cliente, ou de profissionais de planejamento que ajustaram toda a comunicação em função dos seus clientes.

Isso não dá prêmio, não é legal, ao contrário, é chato!

Novas mídias, velhas ações
O legal é fazer sorteio no Twitter e aumentar o número de seguidores, criar comunidades e achar engajadores: velhas ações com novas mídias.

A glamorização do produto ou serviço por meio da rede é a bola da vez. Mas, se levarmos em consideração que o consumidor está realmente ficando crítico, devemos nos atentar: antes de optar por um plano de “marketing 2.0”, por que não, primeiro, assumir os pontos fracos da empresa e melhorá-los?

Quer um exemplo? Uma grande rede de restaurante está, de um a dois anos para cá, fazendo inúmeras “ações 2.0”. Virou sucesso absoluto na mídia, chamaram o estrategista para falar sobre o assunto, além de ser tema em palestras nos principais eventos.

Só que numa tarde qualquer eu fui até uma loja. Chegando lá percebi que faltavam vários produtos. Ao pesquisar, por curiosidade, soube que isso acontecia já há algum tempo e já havia reclamações sobre o mesmo problema em diversas lojas. E na fã page, no Facebook, havia uma resposta superficial sobre o assunto.

Como profissionais de comunicação, claro que temos que estar atentos constantemente às oportunidades e sermos cada vez mais criativos. Mas será que não está na hora de deixarmos o ego um pouco de lado e assumir que temos a constante obrigação de melhorar o que entregamos ao consumidor?

O marketing poderá ter os dígitos que quiser, mas o consumidor somente irá participar, colaborar, falar positivamente sobre você e, finalmente, se engajar, ao perceber que o seu comprometimento com ele foi real.

A partir disso, com certeza, a retenção e conquista de novos clientes acontecerá de uma forma mais natural e com um custo menor.

Material disponível em:
http://webinsider.uol.com.br/2010/04/15/marketing-2-0-quer-dizer-o-cliente-tem-sempre-razao/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Do que as Mulheres Gostam?

Lancei na minha turma de Mercadologia um desafio. Fazer a melhor resennha do filme de Mel Gibson e Helen Hunt - Do que as Mulheres Gostam - conectando com todos os assuntos dado em sala. A aluna Maria Eliane Vieira Feitosa ganhou o desafio e um livro sobre Marcas e como achei o trabalho muito bom vou disponibilizar aqui. Abs, Dani Cabraíba DO QUE AS MULHERES GOSTAM INTRODUÇÃO No filme, Nick Marshall interpretado pelo ator Mel Gibson, é um executivo de sucesso, que trabalha em uma agência de publicidade em Chicago e lida diariamente com a batalha dos sexos, tanto pessoalmente como profissionalmente. A vida de Nick muda totalmente com a chegada de uma nova chefe para a agência, e com ela foram aderidas muitas campanhas de publicidade voltadas para o público feminino. Apesar de seu charme e sucesso com as mulheres, ele nunca deu a mínima para o que elas pensam ou dizem, mas terá que mergulhar neste novo mundo para atender às necessidades e exigências de sua chefe, mas as coisas ficam ma...

Como a Internet mudou a forma de nos comunicarmos?

  Em seu livro O poder da comunicação, o sociólogo e professor universitário Manuel Castells define o ato de se comunicar como “compartilhar significados por meio do intercâmbio de informação”. No entanto, ainda segundo o autor, “com a difusão da Internet, surgiu uma nova forma de comunicação interativa, caracterizada pela capacidade de enviar mensagens de muitos para muitos, em tempo real ou em um momento específico”. Em outras palavras, se até pouco tempo atrás os meios de comunicação podiam ser considerados “unidirecionais” -- ou seja, emissores de mensagens generalistas, que eram enviadas a partir de um único ponto para muitos receptores indiferenciados, através de livros, jornais, filmes, rádio e televisão --, hoje em dia, qualquer usuário pode não só criar e emitir a sua própria mensagem personalizada, como também prever e definir o perfil de seus possíveis receptores, sejam eles seguidores no Instagram, inscritos no YouTube, conexões no LinkedIn, ou contatos no WhatsApp. De ...

Quais as características de uma marca cool?

Quais são as características que podem fazer uma marca ser considerada cool? Mais do que atrair a atenção dos consumidores com produtos ou comunicação diferenciada, é preciso estar antenado às tendências da sua época, contar sua própria história e ser autêntico acima de tudo. Esses são alguns dos tópicos apontados pelo levantamento “12 dicas para tornar a sua marca mais cool”, elaborado pela agência Pitanga Digital Branding, para compreender quais são os atributos em comum das marcas que se encaixam neste perfil. Estes requisitos podem ser observados na estratégia de empresas consagradas globalmente como Nike e Apple, mas também estão presentes em marcas brasileiras, como O Boticário e Havaianas. Essas companhias perceberam que era necessário dar atenção não somente aos produtos, como também a detalhes que fazem a diferença, e conquistam os consumidores sabendo criar uma ligação emocional com os seus públicos-alvos. Antes de tomar qualquer atitude, as empresas devem procurar compre...