Concurso para jornalista exige apenas segundo grau e oferece salário de R$ 510
Izabela Vasconcelos, de São Paulo
A Prefeitura de Cabedelo, município da região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba, está promovendo um concurso público que oferece salário de R$ 510,00 para o cargo de jornalista com carga horária de 40 horas semanais. Além disso, o edital exige apenas ensino médio e registro no Ministério do Trabalho e Emprego. Os dois jornalistas selecionados deverão executar todas as atribuições de um assessor de imprensa, além de trabalhos datilográficos.
O mesmo salário mínimo é oferecido para outros cargos, como os de radialista, publicitário e intérprete, além de outros em que o edital exige apenas o ensino fundamental, como agente de saúde, auxiliar de serviços e motorista. Com a exigência de graduação na área, advogados, administradores, arquitetos e médicos ganharão um pouco mais, R$ 617,00. A remuneração maior é para os professores de educação básica II, com vencimentos de R$ 1.115,14.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba tenta marcar uma audiência com a Prefeitura para discutir a questão. Segundo o presidente da entidade, Land Seixas, apesar de considerar um absurdo, o sindicato não pode recorrer contra o salário, já que órgãos públicos não têm o mesmo piso que o estipulado pela entidade, R$ 1.100. Seixas pretende então discutir a questão da carga horária, que não respeita as cinco horas diárias estipuladas para os jornalistas.
“Vamos marcar uma audiência, mas se não tivermos sucesso, vamos tentar anular o concurso e fazer um ato público contra essa atitude da Prefeitura”, explica. No caso do salário mínimo, que Seixas classifica como uma "humilhação”, o máximo que pode ser feito é unir forças com outras categorias. “Podemos conversar, mas não podemos recorrer. Vamos então nos unir com outras categorias que têm o mesmo problema”.
O presidente do sindicato também se manifestou contra a não exigência do diploma pelo órgão, lembrando de um Projeto de Lei do deputado Ubiratan Pereira (PSB), que exige a contratação de jornalistas diplomados na Prefeitura e Câmara de João Pessoa. “Enquanto o vereador Ubiratan cria um Projeto de Lei para que só possam entrar no serviço público jornalistas com diploma, a prefeitura de Cabedelo faz isso, o que desmoraliza a profissão”, criticou.
Procurada pela reportagem, a responsável pela comissão organizadora do concurso municipal não foi localizada.
Material do portal Comunique-se, disponível em:http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D55333%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D107416785025%26fnt%3Dfntnl
Izabela Vasconcelos, de São Paulo
A Prefeitura de Cabedelo, município da região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba, está promovendo um concurso público que oferece salário de R$ 510,00 para o cargo de jornalista com carga horária de 40 horas semanais. Além disso, o edital exige apenas ensino médio e registro no Ministério do Trabalho e Emprego. Os dois jornalistas selecionados deverão executar todas as atribuições de um assessor de imprensa, além de trabalhos datilográficos.
O mesmo salário mínimo é oferecido para outros cargos, como os de radialista, publicitário e intérprete, além de outros em que o edital exige apenas o ensino fundamental, como agente de saúde, auxiliar de serviços e motorista. Com a exigência de graduação na área, advogados, administradores, arquitetos e médicos ganharão um pouco mais, R$ 617,00. A remuneração maior é para os professores de educação básica II, com vencimentos de R$ 1.115,14.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba tenta marcar uma audiência com a Prefeitura para discutir a questão. Segundo o presidente da entidade, Land Seixas, apesar de considerar um absurdo, o sindicato não pode recorrer contra o salário, já que órgãos públicos não têm o mesmo piso que o estipulado pela entidade, R$ 1.100. Seixas pretende então discutir a questão da carga horária, que não respeita as cinco horas diárias estipuladas para os jornalistas.
“Vamos marcar uma audiência, mas se não tivermos sucesso, vamos tentar anular o concurso e fazer um ato público contra essa atitude da Prefeitura”, explica. No caso do salário mínimo, que Seixas classifica como uma "humilhação”, o máximo que pode ser feito é unir forças com outras categorias. “Podemos conversar, mas não podemos recorrer. Vamos então nos unir com outras categorias que têm o mesmo problema”.
O presidente do sindicato também se manifestou contra a não exigência do diploma pelo órgão, lembrando de um Projeto de Lei do deputado Ubiratan Pereira (PSB), que exige a contratação de jornalistas diplomados na Prefeitura e Câmara de João Pessoa. “Enquanto o vereador Ubiratan cria um Projeto de Lei para que só possam entrar no serviço público jornalistas com diploma, a prefeitura de Cabedelo faz isso, o que desmoraliza a profissão”, criticou.
Procurada pela reportagem, a responsável pela comissão organizadora do concurso municipal não foi localizada.
Material do portal Comunique-se, disponível em:http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D55333%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D107416785025%26fnt%3Dfntnl
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