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Criatividade - Empresas reinventam marcas com branding

Mudanças no cenário econômico e incorporação de novos contingentes de consumidores ao mercado exigem que médias e grandes empresas revejam seus conceitos.

Até alguns anos atrás, a visão predominante no mercado era de que produtos tangíveis e de qualidade eram vendidos por si só.

A mudança de perfil dos consumidores, a partir da incorporação de novos contingentes de compradores em potencial, mostra um cenário diferente: a sociedade está cada vez mais exigente, e as companhias têm um grande desafio pela frente: o de se reinventar.

Foi a partir dessa constatação que surgiu e se expandiu o branding, estratégia de reposicionamento utilizada tanto por médias empresas como pelas grandes corporações.

"Hoje em dia a preocupação das empresas não se limita apenas aos preços de seus produtos e à governança corporativa. Elas devem administrar os valores que a marca transmite para a sociedade", afirma Andrea Janer, sócia da Redondo Design, consultoria de estratégia de marcas.

A Redondo - nome criado pelo significado da palavra muito usada em design quando um trabalho está pronto, na "melhor forma" - foi fundada há dez anos no Rio de Janeiro pelas designers Jaqueline Fernandes e Cristiana Nogueira, que faziam trabalhos pontuais, esporádicos.

Segundo Janer, a trajetória da empresa nos primeiros anos não foi fácil, pois o assunto "branding" ainda não era difundido no país. "Fizemos um trabalho de catequização, no sentido de explicar o conceito no Rio", revela Andrea.

No Brasil, o assunto começou a engatinhar em 2002, quando o país passou a despertar o interesse de grandes grupos globais. Exemplo disso foi o inglês Wolff Olins, que criou a marca da Oi, grupo de telecomunicações, que está entre as dez empresas com melhor avaliação no ranking das marcas mais valiosas do mundo, realizado pela consultoria britânica BrandFinance este ano.

Crescimento

Com o amadurecimento do mercado, a Redondo sentiu as mudanças, especialmente a partir de 2006: o trabalho, que antes era pontual, se tornou mais frequente. "Com a expansão das empresas brasileiras, nosso trabalho deixou de ser de construção de marcas. Algumas empresas nos entregaram a própria gestão das marcas", diz Andrea.

Grandes nomes como Neoenergia, Patrimóvel e Grupo EBX fazem parte do portfólio da empresa carioca. Um exemplo é a Vale, de mineração, para a qual a empresa elabora, há cinco anos, projetos de comunicação com o foco em sustentabilidade ambiental.

"O objetivo é mostrar de forma clara os trabalhos voltados ao meio ambiente, já que a Vale não se limita apenas a apresentar o balanço financeiro aos stakeholders", afirma.

Hoje, Andrea pensa em estratégias de marcas junto a uma equipe de 15 pessoas e utiliza o design como ferramenta para aproximar as marcas de consumidores. Em 2010, a empresa faturou R$ 1,3 milhão. Para o ano que se encerra, a meta é de R$ 1,7 milhão. Já para 2012, estima alcançar receita entre R$ 2 milhões a 2,5 milhões, ano de boas perspectivas para Janer.

"Para o novo ano, nova marca, novo site, novas contratações e uma inevitável obra: o escritório está entrando em reforma em janeiro para acomodar mais funcionários", finaliza.

14 anos de praia

A carioca Andrea trabalha com branding há mais de 14 anos. A carreira da consultora no segmento começou na Addison, em San Francisco, nos Estados Unidos, onde colaborou em um programa para a rede Ipiranga, de combustíveis, enquanto buscava novas oportunidades de trabalho para a Addison no Brasil.

Ela também já participou de projetos de nomes de marca para SuperVia, Vésper, Escelsa/Enersul e blah! (do grupo TIM), e de trabalhos para empresas como Gradiente, Lojas Americanas, Grupo Ultra, Unibanco e Brastemp.

*Material disponível em: http://www.brasileconomico.com.br/noticias/empresas-reinventam-marcas-com-branding_110378.html

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