Olá segue um debate bem interessante sobre blog corporativo que li no portal Nós da Comunicação, onde vcs podem encontrar a entrevista na íntrega.
bjuussss
Dani Cabraíba
Um debate animador sobre os blogs corporativos
Os convidados foram os especialistas Fábio Cipriani e Pollyana Ferrari.
Cipriani é autor do livro 'Blog Corporativo', lançado pela Novatec Editora. Master of Science in Wireless Systems pelo Politécnico de Turim na Itália, hoje trabalha como consultor empresarial da Deloitte, em Amsterdã, na Holanda. Pollyana escreveu os livros 'Jornalismo digital' e 'Hipertexto, hipermídia', pela Editora Contexto, é consultora web e colunista do portal. Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, dá aulas na Pontifícia Universidade Católica, de São Paulo.
As editoras Novatec e Contexto ofereceram livros aos participantes que fizessem as perguntas mais relevantes antes e durante o bate-papo. Os ganhadores foram: Vanderlei Abreu - 'Jornalismo digital'; Luis Rocha - 'Hipertexto, hipermídia'; Priscila Alves de Oliveira - 'Jornalismo digital'; Marcos Brandão Siqueira - 'Hipertexto, hipermídia' e Giovanna Concilio de Carvalho - 'Blog Corporativo'.
Confira abaixo as principais perguntas e respostas do bate-papo:
CREDIBILIDADE
Marcos Siqueira: As pessoas acreditam muito mais no que lêem sobre uma empresa na internet do que o que a própria empresa fala de si mesma. Como levar os blogs corporativos a ter uma boa credibilidade?Fábio Cipriani: A credibilidade de um blog corporativo está diretamente ligada a seu conteúdo e seus autores. Se eu estou lendo um texto de qualidade com nome e foto do autor, a 'conversa' se torna muito mais pessoal. O blog é, de certa forma, falar com o público pela internet.
Bruno Barranco: Com relação à percepção dos usuários, que visão que eles têm dos blogs corporativos em comparação aos demais, livres e especializados? Deixar claro que se trata de um blog corporativo é uma questão estratégica?Fábio Cipriani: O blog corporativo é um blog como qualquer outro. Triste é muitas vezes não ser aberto ao público externo ou não possuir um autor de verdade.Pollyana Ferrari: Blog é blog. Se não ficar claro, se o diretor não escreve, não tem o que falar, se a empresa tem uma política que demora 15 dias para aprovar um press-release, não fala com o público, não divulga nada, melhor não ter um blog, pois será um fracasso.
Giovanna Concilio: Vocês acreditam, assim como eu, que é preciso repassar conceitos éticos, de transparência e credibilidade não só na internet, mas em todas as ações e opções da empresa?Fábio Cipriani: ‘Mascarar’críticas e situações cotidianas fazem parte da batalha da marca por reputação. O blog deve fazer isso de forma transparente. Ética e transparência vêm antes de tudo e devem ser seguidas à risca por um blogueiro corporativo que possui autonomia e autenticidade.Pollyana Ferrari: É preciso repassar conceitos éticos, de transparência e credibilidade não só na internet, mas em todas as ações e opções da empresa. Não adianta ter um blog que seja um clipping ou o press-release do CEO. Vou mais além. Na Europa e nos EUA (principalmente), os blogs corporativos são encontrados pelo Google. Aqui, as empresas têm medo da concorrência e limitam o blog aos funcionários, o que é muito ruim, pois a concorrência já sabe de tudo, não precisa se informar pelo blog, e o seu público fica viciado e restrito.
Bruno Barranco: Fábio, como um gestor de marca deve controlar um blog? Qual é a medida para reter informações?Fábio Cipriani: De novo depende do assunto do blog. Na minha concepção, blog é diálogo. Se eu falo algo e você não responde algo que tem a ver com o que eu falo, então temos um conflito. Mas nem sempre nossos clientes usam os canais que gostaríamos que eles usassem. Quem sabe o blog pode começar a educá-los nesse sentido?
Sheila: Como avaliar os riscos da manutenção de um blog corporativo? Pollyana Ferrari: Ele é um veículo de duas mãos, então pode abrir espaço para comentários/opiniões negativas para as empresas. Na mídia social, você tem que monitorar, ir adequando a plataforma ao projeto, diariamente. Veja o caso Obama nos Estados Unidos, que deu origem à 'Geração O', segundo artigo do ‘New York Times’ de 17 de novembro. O Facebook e o MySpace fizeram toda a diferença na campanha de Obama. O blog também. Mas tem que estar aberto e ir aprendendo com a rede. Uma cobertura jornalística primorosa, em tempo real, pode ser um concorrente, sim! A mídia social ainda vai crescer muito, mas tudo convive bem com tudo. Não vejo uma mídia matando a outra.
RELACIONAMENTO EMPRESA-PÚBLICOS
Paulo Rodrigo Teixeira: Como catequisar as empresas para que entendam melhor que os blogs não são apenas um diário virtual de adolescente?Fábio Cipriani: A melhor forma de convencer executivos e tomadores de decisão de que os blogs não são brincadeira é mostrando casos concretos de sucesso, com estudos de caso e, principalmente, mostrando claramente os resultados atingidos.
Agnaldo Montesso: Vocês acham que os blogs corporativos estão sendo criados para que o público, ao invés de criticar a empresa em outros meios, faça isso nestes blogs? Qual a medida da permissão das críticas neste canal de comunicação? Há algum controle por parte destas organizações? Fábio Cipriani: O blog jamais conseguirá 'canalizar' a opinião e reclamações de clientes. Quem grita de dor, grita de dor para todo mundo ouvir. No blog, é sempre recomendável moderar comentários, mas entenda que 'moderar' não significa esconder.Pollyana Ferrari: Não podemos esquecer a equação ‘público + privado’ e não esconder nada.
Cristina Mello: Fábio, blogs são hoje grandes fontes de informação. Como as empresas lidam com a horizontalização da informação? Como fica a questão da hierarquia, ainda tão presente nas grandes empresas? Fábio Cipriani: É essa hierarquia que impede que o blog seja adotado em primeiro lugar. A partir do momento em que é adotado, eu não vejo conflitos internos nas empresas.
Marcos Moura: O que está ocorrendo de novidade aí na Europa no relacionamento empresa-públicos que nós, aqui no Brasil, ainda não sabemos?Fábio Cipriani: Aqui na Europa, as empresas não são muito diferentes. Todas têm sérios problemas (e curtos orçamentos) para o relacionamento com o cliente. O blog e o Twitter são adotados com freqüência, mas, assim como no Brasil, ainda há muita falta de informação.
Paulo Rodrigo Teixeira: Numa pesquisa da Forrester sobre origens das vendas dos clientes, os blogs ficaram com 0%. Como vê o papel dos blogs nas vendas?Fábio Cipriani: Não acredito no resultado da pesquisa. Isso mostra uma falta de adequação para mensurar as oportunidades de venda oriundas de um blog (o que é complicado). O blog não é uma ferramenta de vendas, é uma ferramenta para gerar oportunidades de venda...
Veja entrevista completa no link http://www.nosdacomunicacao.com/relacionamento_chat.asp?id=7
bjuussss
Dani Cabraíba
Um debate animador sobre os blogs corporativos
Os convidados foram os especialistas Fábio Cipriani e Pollyana Ferrari.
Cipriani é autor do livro 'Blog Corporativo', lançado pela Novatec Editora. Master of Science in Wireless Systems pelo Politécnico de Turim na Itália, hoje trabalha como consultor empresarial da Deloitte, em Amsterdã, na Holanda. Pollyana escreveu os livros 'Jornalismo digital' e 'Hipertexto, hipermídia', pela Editora Contexto, é consultora web e colunista do portal. Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, dá aulas na Pontifícia Universidade Católica, de São Paulo.
As editoras Novatec e Contexto ofereceram livros aos participantes que fizessem as perguntas mais relevantes antes e durante o bate-papo. Os ganhadores foram: Vanderlei Abreu - 'Jornalismo digital'; Luis Rocha - 'Hipertexto, hipermídia'; Priscila Alves de Oliveira - 'Jornalismo digital'; Marcos Brandão Siqueira - 'Hipertexto, hipermídia' e Giovanna Concilio de Carvalho - 'Blog Corporativo'.
Confira abaixo as principais perguntas e respostas do bate-papo:
CREDIBILIDADE
Marcos Siqueira: As pessoas acreditam muito mais no que lêem sobre uma empresa na internet do que o que a própria empresa fala de si mesma. Como levar os blogs corporativos a ter uma boa credibilidade?Fábio Cipriani: A credibilidade de um blog corporativo está diretamente ligada a seu conteúdo e seus autores. Se eu estou lendo um texto de qualidade com nome e foto do autor, a 'conversa' se torna muito mais pessoal. O blog é, de certa forma, falar com o público pela internet.
Bruno Barranco: Com relação à percepção dos usuários, que visão que eles têm dos blogs corporativos em comparação aos demais, livres e especializados? Deixar claro que se trata de um blog corporativo é uma questão estratégica?Fábio Cipriani: O blog corporativo é um blog como qualquer outro. Triste é muitas vezes não ser aberto ao público externo ou não possuir um autor de verdade.Pollyana Ferrari: Blog é blog. Se não ficar claro, se o diretor não escreve, não tem o que falar, se a empresa tem uma política que demora 15 dias para aprovar um press-release, não fala com o público, não divulga nada, melhor não ter um blog, pois será um fracasso.
Giovanna Concilio: Vocês acreditam, assim como eu, que é preciso repassar conceitos éticos, de transparência e credibilidade não só na internet, mas em todas as ações e opções da empresa?Fábio Cipriani: ‘Mascarar’críticas e situações cotidianas fazem parte da batalha da marca por reputação. O blog deve fazer isso de forma transparente. Ética e transparência vêm antes de tudo e devem ser seguidas à risca por um blogueiro corporativo que possui autonomia e autenticidade.Pollyana Ferrari: É preciso repassar conceitos éticos, de transparência e credibilidade não só na internet, mas em todas as ações e opções da empresa. Não adianta ter um blog que seja um clipping ou o press-release do CEO. Vou mais além. Na Europa e nos EUA (principalmente), os blogs corporativos são encontrados pelo Google. Aqui, as empresas têm medo da concorrência e limitam o blog aos funcionários, o que é muito ruim, pois a concorrência já sabe de tudo, não precisa se informar pelo blog, e o seu público fica viciado e restrito.
Bruno Barranco: Fábio, como um gestor de marca deve controlar um blog? Qual é a medida para reter informações?Fábio Cipriani: De novo depende do assunto do blog. Na minha concepção, blog é diálogo. Se eu falo algo e você não responde algo que tem a ver com o que eu falo, então temos um conflito. Mas nem sempre nossos clientes usam os canais que gostaríamos que eles usassem. Quem sabe o blog pode começar a educá-los nesse sentido?
Sheila: Como avaliar os riscos da manutenção de um blog corporativo? Pollyana Ferrari: Ele é um veículo de duas mãos, então pode abrir espaço para comentários/opiniões negativas para as empresas. Na mídia social, você tem que monitorar, ir adequando a plataforma ao projeto, diariamente. Veja o caso Obama nos Estados Unidos, que deu origem à 'Geração O', segundo artigo do ‘New York Times’ de 17 de novembro. O Facebook e o MySpace fizeram toda a diferença na campanha de Obama. O blog também. Mas tem que estar aberto e ir aprendendo com a rede. Uma cobertura jornalística primorosa, em tempo real, pode ser um concorrente, sim! A mídia social ainda vai crescer muito, mas tudo convive bem com tudo. Não vejo uma mídia matando a outra.
RELACIONAMENTO EMPRESA-PÚBLICOS
Paulo Rodrigo Teixeira: Como catequisar as empresas para que entendam melhor que os blogs não são apenas um diário virtual de adolescente?Fábio Cipriani: A melhor forma de convencer executivos e tomadores de decisão de que os blogs não são brincadeira é mostrando casos concretos de sucesso, com estudos de caso e, principalmente, mostrando claramente os resultados atingidos.
Agnaldo Montesso: Vocês acham que os blogs corporativos estão sendo criados para que o público, ao invés de criticar a empresa em outros meios, faça isso nestes blogs? Qual a medida da permissão das críticas neste canal de comunicação? Há algum controle por parte destas organizações? Fábio Cipriani: O blog jamais conseguirá 'canalizar' a opinião e reclamações de clientes. Quem grita de dor, grita de dor para todo mundo ouvir. No blog, é sempre recomendável moderar comentários, mas entenda que 'moderar' não significa esconder.Pollyana Ferrari: Não podemos esquecer a equação ‘público + privado’ e não esconder nada.
Cristina Mello: Fábio, blogs são hoje grandes fontes de informação. Como as empresas lidam com a horizontalização da informação? Como fica a questão da hierarquia, ainda tão presente nas grandes empresas? Fábio Cipriani: É essa hierarquia que impede que o blog seja adotado em primeiro lugar. A partir do momento em que é adotado, eu não vejo conflitos internos nas empresas.
Marcos Moura: O que está ocorrendo de novidade aí na Europa no relacionamento empresa-públicos que nós, aqui no Brasil, ainda não sabemos?Fábio Cipriani: Aqui na Europa, as empresas não são muito diferentes. Todas têm sérios problemas (e curtos orçamentos) para o relacionamento com o cliente. O blog e o Twitter são adotados com freqüência, mas, assim como no Brasil, ainda há muita falta de informação.
Paulo Rodrigo Teixeira: Numa pesquisa da Forrester sobre origens das vendas dos clientes, os blogs ficaram com 0%. Como vê o papel dos blogs nas vendas?Fábio Cipriani: Não acredito no resultado da pesquisa. Isso mostra uma falta de adequação para mensurar as oportunidades de venda oriundas de um blog (o que é complicado). O blog não é uma ferramenta de vendas, é uma ferramenta para gerar oportunidades de venda...
Veja entrevista completa no link http://www.nosdacomunicacao.com/relacionamento_chat.asp?id=7
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