Diego Iraheta, especial para Nós da Comunicação
Como se preparar para o comportamento do consumidor nos próximos cinco anos? Na tentativa de encontrar respostas, cerca de 12 mil profissionais de comunicação participaram da Technology For Marketing & Advertising 2011, a maior feira de marketing digital do Reino Unido. Duas expressões sobressaíram nas apresentações das feras da web 2.0 e nos 250 estandes de companhias de TI e agências de publicidade: ‘celular’ e ‘redes sociais’. Para os participantes do evento, esses são os dois canais fundamentais para promover uma marca e aumentar as vendas de um produto ou serviço. A morte do e-mail e as regras 2.0 de relacionamento entre empresa e cliente foram outros destaques da exposição organizada em Londres nos dias 1° e 2 de março.
“O mercado de celular está crescendo mais rápido que o Facebook”, admitiu o diretor comercial da rede social mais popular do mundo, Stephen Haines. A palestra dele, a mais badalada da feira, ensinava aos marqueteiros como o duo celular-FB pode protagonizar campanhas bem-sucedidas. O uso da opção ‘Locais – Check-in’ no aplicativo do Facebook para smartphones já foi utilizado pela gigante varejista GAP para presentear clientes que, em um certo horário, estivessem em uma determinada loja da marca. Esse tipo de promoção aumenta o movimento e, como consequência, amplia vendas de um estabelecimento.
O gerente industrial do Google Mobile, Nicholas Cumisky, celebrou a expansão da tecnologia móvel. “A adoção acelerada do celular e da internet é uma revolução! Chega a bilhões de pessoas. A TV e o rádio levaram anos para ter essa penetração”, comparou. Segundo ele, os internautas conectados via smartphone são mais ativos: frequentam mais as redes sociais, são acostumados a fazer compras on-line e utilizam mais os sites de busca. Por isso, o Google já está criando um aplicativo oral para buscas, baseado na computação em nuvem. Vai bastar dizer uma palavra mágica para o celular que o conhecimento todo estará ao alcance de qualquer usuário.
A oferta de serviços eficientes deve ser a principal proposta no desenvolvimento de aplicativos para iPhones, Androids e afins. Essa é a visão do diretor de Mídias Emergentes da Mindshare (maior agência de marketing da Irlanda), Ciarán Harris. Um dos exemplos dele foi o app que apresenta um mapa interativo dos banheiros públicos mais próximos de você. Graças ao GPS, o ‘Charmin’ localiza os toaletes da região e mostra o ranking dos mais bem avaliados na opinião dos usuários – e os menos, também. Assim, num momento de aperto, quem tem um smartphone não precisa entrar em desespero... É a inteligência pública e coletiva em prol da privada!
INTERAJA, NÃO ANUNCIE
Com o boom das redes sociais, a relação entre marca e cliente deve seguir o comportamento ‘social’ de amigos e seguidores. “As empresas têm que interagir; a pior coisa é ignorar”, aconselhou Stephen Haines, do Facebook, referindo-se às queixas contra produtos ou serviços que são comuns no Facebook ou Twitter. Ele cita o sucesso das fan pages no FB para estreitar laços com consumidores. A página da Coca-Cola na rede, por exemplo, tem 20,5 milhões de ‘Curti’. Todos esses fãs recebem atualizações e promoções do grupo Coca-Cola via mural.
A diretora de marketing da Cisco (multinacional que vende tecnologias) na Europa, Emma Roffey, afirma que a estratégia de comunicação da empresa baseia-se nas conversas online. “Nós ouvimos o buzz das redes sociais para planejar ações e interagir”, conta. Mesmo sem se aprofundar em Facebook e similares, o professor doutor Malcolm McDonald, autor de mais de 40 best-sellers de marketing, sublinhou: “É a interação, os relacionamentos que sua marca tem, que faz a diferença! A primeira regra é entender seu mercado”.
A histórica rejeição de banners e pop-ups contribui com a transformação da publicidade no mundo da web 2.0. Para Ciarán Harris, da Mindshare, as empresas devem evitar anúncios. “A chave é agregar valor a sites, comunidades ou aplicativos”, ensinou. Assim, uma empresa poderia comprar o app do mapa dos banheiros públicos ou do mapa das estações de metrô mais próximas de onde você está – outro exemplo pragmático para o cotidiano.
E-MAILS VÃO PARA A LIXEIRA
Quem não fica irritado quando a caixa de entrada acumula centenas de mensagens não lidas? Tanto spam, informação desnecessária, remetentes esquisitos! Bom, essa dor de cabeça pode estar com os dias contados. Apesar de diversos estandes da Technology For Marketing & Advertising Expo 2011 venderem soluções de e-mail marketing, especialistas preveem a morte do e-mail. As redes sociais e a onipresença dos SMS seriam os algozes.
“Quando algum funcionário diz para mim: ‘Estou precisando mandar um e-mail’, eu logo interrompo: ‘Não, não mande um e-mail’”, ironizou Emma Roffey, da Cisco Europa. Os canais de conversação diversificaram-se tanto nos últimos cinco anos que, para ela, o correio eletrônico tornou-se obsoleto. Ciarán Harris, da Mindshare, ratifica o fim: “Para as gerações mais jovens, é só uma ferramenta para entrar em contato com pais e avós”. Para quem produz newsletters, fica a dica de segmentar conteúdos e oferece-los aos diversos públicos via redes sociais e, claro, celular.
*Material do portal Nós da Comunicação. Disponível em: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=434&tipo=R
Como se preparar para o comportamento do consumidor nos próximos cinco anos? Na tentativa de encontrar respostas, cerca de 12 mil profissionais de comunicação participaram da Technology For Marketing & Advertising 2011, a maior feira de marketing digital do Reino Unido. Duas expressões sobressaíram nas apresentações das feras da web 2.0 e nos 250 estandes de companhias de TI e agências de publicidade: ‘celular’ e ‘redes sociais’. Para os participantes do evento, esses são os dois canais fundamentais para promover uma marca e aumentar as vendas de um produto ou serviço. A morte do e-mail e as regras 2.0 de relacionamento entre empresa e cliente foram outros destaques da exposição organizada em Londres nos dias 1° e 2 de março.
“O mercado de celular está crescendo mais rápido que o Facebook”, admitiu o diretor comercial da rede social mais popular do mundo, Stephen Haines. A palestra dele, a mais badalada da feira, ensinava aos marqueteiros como o duo celular-FB pode protagonizar campanhas bem-sucedidas. O uso da opção ‘Locais – Check-in’ no aplicativo do Facebook para smartphones já foi utilizado pela gigante varejista GAP para presentear clientes que, em um certo horário, estivessem em uma determinada loja da marca. Esse tipo de promoção aumenta o movimento e, como consequência, amplia vendas de um estabelecimento.
O gerente industrial do Google Mobile, Nicholas Cumisky, celebrou a expansão da tecnologia móvel. “A adoção acelerada do celular e da internet é uma revolução! Chega a bilhões de pessoas. A TV e o rádio levaram anos para ter essa penetração”, comparou. Segundo ele, os internautas conectados via smartphone são mais ativos: frequentam mais as redes sociais, são acostumados a fazer compras on-line e utilizam mais os sites de busca. Por isso, o Google já está criando um aplicativo oral para buscas, baseado na computação em nuvem. Vai bastar dizer uma palavra mágica para o celular que o conhecimento todo estará ao alcance de qualquer usuário.
A oferta de serviços eficientes deve ser a principal proposta no desenvolvimento de aplicativos para iPhones, Androids e afins. Essa é a visão do diretor de Mídias Emergentes da Mindshare (maior agência de marketing da Irlanda), Ciarán Harris. Um dos exemplos dele foi o app que apresenta um mapa interativo dos banheiros públicos mais próximos de você. Graças ao GPS, o ‘Charmin’ localiza os toaletes da região e mostra o ranking dos mais bem avaliados na opinião dos usuários – e os menos, também. Assim, num momento de aperto, quem tem um smartphone não precisa entrar em desespero... É a inteligência pública e coletiva em prol da privada!
INTERAJA, NÃO ANUNCIE
Com o boom das redes sociais, a relação entre marca e cliente deve seguir o comportamento ‘social’ de amigos e seguidores. “As empresas têm que interagir; a pior coisa é ignorar”, aconselhou Stephen Haines, do Facebook, referindo-se às queixas contra produtos ou serviços que são comuns no Facebook ou Twitter. Ele cita o sucesso das fan pages no FB para estreitar laços com consumidores. A página da Coca-Cola na rede, por exemplo, tem 20,5 milhões de ‘Curti’. Todos esses fãs recebem atualizações e promoções do grupo Coca-Cola via mural.
A diretora de marketing da Cisco (multinacional que vende tecnologias) na Europa, Emma Roffey, afirma que a estratégia de comunicação da empresa baseia-se nas conversas online. “Nós ouvimos o buzz das redes sociais para planejar ações e interagir”, conta. Mesmo sem se aprofundar em Facebook e similares, o professor doutor Malcolm McDonald, autor de mais de 40 best-sellers de marketing, sublinhou: “É a interação, os relacionamentos que sua marca tem, que faz a diferença! A primeira regra é entender seu mercado”.
A histórica rejeição de banners e pop-ups contribui com a transformação da publicidade no mundo da web 2.0. Para Ciarán Harris, da Mindshare, as empresas devem evitar anúncios. “A chave é agregar valor a sites, comunidades ou aplicativos”, ensinou. Assim, uma empresa poderia comprar o app do mapa dos banheiros públicos ou do mapa das estações de metrô mais próximas de onde você está – outro exemplo pragmático para o cotidiano.
E-MAILS VÃO PARA A LIXEIRA
Quem não fica irritado quando a caixa de entrada acumula centenas de mensagens não lidas? Tanto spam, informação desnecessária, remetentes esquisitos! Bom, essa dor de cabeça pode estar com os dias contados. Apesar de diversos estandes da Technology For Marketing & Advertising Expo 2011 venderem soluções de e-mail marketing, especialistas preveem a morte do e-mail. As redes sociais e a onipresença dos SMS seriam os algozes.
“Quando algum funcionário diz para mim: ‘Estou precisando mandar um e-mail’, eu logo interrompo: ‘Não, não mande um e-mail’”, ironizou Emma Roffey, da Cisco Europa. Os canais de conversação diversificaram-se tanto nos últimos cinco anos que, para ela, o correio eletrônico tornou-se obsoleto. Ciarán Harris, da Mindshare, ratifica o fim: “Para as gerações mais jovens, é só uma ferramenta para entrar em contato com pais e avós”. Para quem produz newsletters, fica a dica de segmentar conteúdos e oferece-los aos diversos públicos via redes sociais e, claro, celular.
*Material do portal Nós da Comunicação. Disponível em: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=434&tipo=R
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